quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Paraty (RJ)


Paraty ou Parati é um município brasileiro no litoral oeste do estado do Rio de Janeiro. Abriga tanto o ponto mais meridional quanto o ponto mais ocidental do estado.
Em 1667, teve sua emancipação política decretada pelo rei de Portugal, tornando-se uma vila independente de Angra dos Reis.
Junto ao oceano, entre dois rios, Parati está a uma altitude média de apenas cinco metros. Hoje, é o centro de um município com 930,7 km² com uma população de 33 062 habitantes (densidade demográfica: 35,6 h/km²).
A cidade foi, durante o período colonial brasileiro (1530-1815), sede do mais importante porto exportador de ouro do Brasil.
Por estar localizada quase ao nível do mar, a cidade foi projetada levando em conta o fluxo das marés. Como resultado, muitas de suas ruas são periodicamente inundadas pela maré alta, o que lhe valeu o título de Veneza brasileira.




História de Paraty


Antecedentes

Anteriormente ao Descobrimento do Brasil pelos europeus, a região da atual Paraty era habitada por indígenas Guaianás.



Início do povoamento


Nos primeiros anos do século XVI, os portugueses já conheciam a trilha aberta pelos Guaianás (Trilha dos Goianás) ligando as praias de Paraty ao vale do Paraíba, para lá da Serra do Mar. Entretanto, o primeiro registro escrito sobre a região da atual Paraty é o livro do mercenário alemão Hans Staden, "História verdadeira e descrição de um país de selvagens..." (Marburgo1557), que narra a estadia deste por quase um ano em aldeias Tupinambás nas regiões de Paraty e de Angra dos Reis.
Embora alguns autores pretendam que a fundação de Paraty remonte à primeira metade desse século, quando da passagem da expedição de Martim Afonso de Sousa, a primeira notícia que se tem do povoado é a da passagem da expedição de Martim Correia de Sá, em 1597. À época, a região encontrava-se compreendida na Capitania de São Vicente.


O núcleo de povoamento iniciou-se no morro situado à margem do rio Perequê-Açu (depois Morro da Vila Velha, atual Morro do Forte). A primeira construção de que se tem notícia é a de uma capela, sob a invocação de São Roque, então padroeiro da povoação, na encosta do morro. O aldeamento dos Guaianás localizava-se à beira-mar. Em 1636Maria Jácome de Melo fez a doação de uma sesmaria na área situada entre os rios Perequê-açu e Patitiba (atual rio Mateus Nunes) para a instalação do povoado que crescia, com as condições de que os indígenas locais não fossem molestados e de que fosse erigida uma nova capela, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios. Essa sesmaria corresponde à região do atual Centro Histórico da cidade.

Emancipação política

A partir de 1654 várias rebeliões se registraram entre os moradores, visando tornar a povoação independente da vizinha Angra dos Reis, o que veio a ocorrer em 1660, como fruto da revolta liderada por Domingos Gonçalves de Abreu, vindo o povoado a ser alçado à categoria de vila. Este ato de rebeldia foi reconhecido por Afonso VI de Portugal, que, por Carta Régia de 28 de Fevereiro de 1667 ratificou o ato dando-lhe o nome de "Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty".


O ciclo do ouro e a Estrada Real

Com a descoberta de ouro na região das Minas Gerais, a dinâmica de Paraty ganhou novo impulso. Em 1702, o governador da capitania do Rio de Janeiro determinou que as mercadorias somente poderiam ingressar na Colônia pela cidade do Rio de Janeiro e daí tomar o rumo de Paraty, de onde seguiriam para as Minas Gerais pelo antiga trilha indígena, agora pavimentada com pedras irregulares, que passou a ser conhecida por Caminho do Ouro.
A proibição do transporte de ouro pela estrada de Paraty, a partir de 1710, fez os seus habitantes se rebelarem. A medida foi revogada, mas depois restabelecida. Este fato, mas principalmente a abertura do chamado Caminho Novo, ligando diretamente o Rio de Janeiro às Minas, tiveram como consequência a diminuição do movimento na vila.
A partir do século XVII registra-se o incremento no cultivo de cana-de-açúcar e a produção de aguardente. No século XVIII o número de engenhos ascendia a 250, registrando-se, em1820, 150 destilarias em atividade. A produção era tão elevada que a expressão "Parati" passou a ser sinônimo de cachaça, produção artesanal que perdura até aos nossos dias.


O século XIX e o ciclo do café

Para burlar a proibição ao tráfico de escravos decretada pelo regente Padre Diogo Antônio Feijó, o desembarque de africanos passa a ser feito em Paraty. As rotas, por onde antes circulava o ouro, passaram então a ser usadas para o tráfico e para o escoamento da produção cafeeira do vale do Paraíba, que então se iniciava.
À época do Segundo Reinado, um Decreto-lei de 1844, do imperador Pedro II do Brasil, elevou a antiga vila a cidade.
O ciclo do turismo
Com a chegada da ferrovia a Barra do Piraí (1864) a produção passou a ser escoada por essa ela, condenando Paraty a um longo período de decadência.


A cidade e o seu patrimônio foram redescobertos em 1954, com a reabertura da estrada que a ligava ao estado de São Paulo - a Paraty-Cunha -, vindo a constituir-se em um polo de atração turística. Desse modo, em 1958, o conjunto histórico de Paraty foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O movimento turístico intensificou-se com a abertura da Rio-Santos (BR-101) em 1973.
Na década de 1980, indígenas Guaranis embiás, procedentes do sul do país, instalaram-se no município, nas atuais aldeias de Araponga e Paratimirim.
Hoje, a cidade é o segundo polo turístico do estado do Rio de Janeiro e o 17º do país. Devido a essa relevância, foi uma das poucas cidades que não são capital de estado a receber a tocha dos Jogos Pan-americanos de 2007 nos dias que antecederam os jogos.



Turismo


Lugares de interesse:




terça-feira, 30 de agosto de 2011

Guararema.

Guararema é um município do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da capital paulista embora se localize, geograficamente, no Vale do Paraíba. Com uma população de 26.974 habitantes (IBGE/2009), possui uma área de 270,5 km², o que resulta numa densidade demográfica de 101,988 hab/km².

História

Em 1611, Gaspar Vaz bisneto de Brás Cardoso, procedente de uma sesmaria de Mogi das Cruzes, funda o aldeamento da Escada às margens do imponente Rio Paraíba do Sul.
Em 1652, é construída pelos índios, sob a orientação dos jesuítas, a primeira capela do arraial - a de Nossa Senhora da Escada, a construção histórica mais antiga do Vale do Paraíba. A partir daí, a localidade torna-se ponto de referência para os viajantes, no trajeto São Paulo/Rio de Janeiro. Já em 1732, chegam os missionários capuchinhos. Devido à má conservação da capela, eles resolvem construir um novo templo e, ao seu lado, um convento.
Em 1875, D. Laurinda de Sousa Leite doa para sua ex-escrava Maria Florência um quinhão de terra situado à margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, pouco acima da foz do Ribeirão Guararema. Levada por sentimentos religiosos, Maria Florência decide construir uma capela para São Benedito, seu santo de devoção.

Estação ferroviária de Guararema
No ano seguinte, entra em funcionamento o trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil. A inauguração é um dos principais fatos históricos que impulsionaram o surgimento da “Pérola do Vale”, pois novos moradores começaram a se estabelecer ao redor da pequena capela e da estação de trem. Com isso, por decisão das autoridades do governo republicano, a sede do Distrito de Paz é transferida da Freguesia da Escada para Guararema no ano de 1890. Era o passo decisivo para que o distrito, em amplo crescimento, fosse elevado à condição de município.
A oficialização deu-se através da Lei Nº 528, de 3 de Junho de 1898. E, em 19 de setembro de 1899, acontece a instalação da câmara municipal. Com o passar das décadas, a cidade cresce em torno da região central até chegar aos dias atuais com horizontes promissores a serem seguidos pelos guararemenses.

 Orquídeas





Guararema se destaca pela sua grande produção de orquídeas das mais variadas espécies.
Tudo começou quando na década de 60 algumas famílias japonesas adquiriram propriedades na localidade, hoje conhecida por Colônia Cerejeiras. Eles cultivavam principalmente rosas e por um longo período a cidade de Guararema se destacou por ser produtora desta cultura. Como o ponto forte desta comunidade é a união, várias famílias começaram a cultivar, além das rosas, outros tipos de flores como gérberas e orquídeas, sempre em parceria, para aumentar a quantidade e qualidade de suas produções.
A produção de orquídeas foi ganhando força e espaço á medida que investimentos foram feitos, pois existem espécies que levam até sete anos para a primeira floração e isso significa altos gastos com estufas apropriadas, laboratórios, troca constante de vasos, adubação, controle de temperatura entre outros cuidados para uma produção chegar ao mercado. A paciência e perseverança dos produtores de Guararema fizeram com que hoje ela seja conhecida nacionalmente como A Cidade das Orquídeas.